Só Pajero TR4
blog dedicado ao pequeno grande jipe
domingo, 22 de janeiro de 2017
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Fim da saga
Pois é, estou traindo o movimento punk! A TR4 vai dar lugar a uma outra viatura: uma L200 que apareceu aí a preço de ocasião.
Não era a intenção trocar de carro por estes dias, já que conforme disse em outro(s) post(s) deste blog, a hora certa de trocar de carro tende a ser um múltiplo de 4 anos, na véspera das revisões caras que caem nos múltiplos de 40.000km.
Certamente não estava nos planos dar como entrada o carro com pneus de 9 meses de idade... mas acontece. Em compensação, a avaliação perdoou alguns detalhes estéticos e pagou um valor bom, apenas 9% abaixo da FIPE (afinal a concessionária vai revisar, consertar esses detalhes e vender o carro pela tabela FIPE, e ainda precisa lucrar um pouco, né? Ninguém vive de brisa.)
Salvo apareça algum problema desconhecido, quem comprar essa TR4 vai ser feliz, pois está realmente em dia. O pessoal sempre brinca que a galera enterra os jipes na lama e depois vende dizendo que "nunca pegou trilha", eu posso afirmar categoricamente que nunca coloquei o carro na trilha, só estrada rural. Usei a reduzida a sério (sem ser para teste) apenas uma vez em 6 anos!
Aliás, ainda acho a TR4 um carro dos mais bonitos que andam por aí, nesse mar de carrinhos e carrões arredondados, como se fossem todos supositórios gigantes. Supositórios têm de caber no traseiro de todo mundo, e da mesma forma esses carros arredondados são feitos para "não desagradar ninguém", em vez de para "agradar alguém".
Bolas, até as TR4 antigas ainda são iconicamente bonitas! Um desenho de Pininfarina realmente resiste ao teste do tempo.
Mas a TR4 saiu de linha e um dia teria de dar lugar a outro veículo, ainda mais que é nosso único carro e tem de estar confiável para o uso do dia-a-dia. Minha S10 começou a incomodar para valer depois de 10 anos. Por conta disso eu sempre acabo abandonando o projeto de comprar um jipe ou Rural Willys - outro carro que considero icônico - por conta dessa equação: ficar com 2 carros velhos em vez de um novo? Sempre chego à conclusão que não faz sentido.
Assim sendo, provavelmente não vou mais publicar neste blog, pois não terei mais o veículo e não terei mais o que reportar, salvo apareça alguma informação muito relevante prestada por algum leitor.
Não era a intenção trocar de carro por estes dias, já que conforme disse em outro(s) post(s) deste blog, a hora certa de trocar de carro tende a ser um múltiplo de 4 anos, na véspera das revisões caras que caem nos múltiplos de 40.000km.
Certamente não estava nos planos dar como entrada o carro com pneus de 9 meses de idade... mas acontece. Em compensação, a avaliação perdoou alguns detalhes estéticos e pagou um valor bom, apenas 9% abaixo da FIPE (afinal a concessionária vai revisar, consertar esses detalhes e vender o carro pela tabela FIPE, e ainda precisa lucrar um pouco, né? Ninguém vive de brisa.)
Salvo apareça algum problema desconhecido, quem comprar essa TR4 vai ser feliz, pois está realmente em dia. O pessoal sempre brinca que a galera enterra os jipes na lama e depois vende dizendo que "nunca pegou trilha", eu posso afirmar categoricamente que nunca coloquei o carro na trilha, só estrada rural. Usei a reduzida a sério (sem ser para teste) apenas uma vez em 6 anos!
Aliás, ainda acho a TR4 um carro dos mais bonitos que andam por aí, nesse mar de carrinhos e carrões arredondados, como se fossem todos supositórios gigantes. Supositórios têm de caber no traseiro de todo mundo, e da mesma forma esses carros arredondados são feitos para "não desagradar ninguém", em vez de para "agradar alguém".
Bolas, até as TR4 antigas ainda são iconicamente bonitas! Um desenho de Pininfarina realmente resiste ao teste do tempo.
Mas a TR4 saiu de linha e um dia teria de dar lugar a outro veículo, ainda mais que é nosso único carro e tem de estar confiável para o uso do dia-a-dia. Minha S10 começou a incomodar para valer depois de 10 anos. Por conta disso eu sempre acabo abandonando o projeto de comprar um jipe ou Rural Willys - outro carro que considero icônico - por conta dessa equação: ficar com 2 carros velhos em vez de um novo? Sempre chego à conclusão que não faz sentido.
Assim sendo, provavelmente não vou mais publicar neste blog, pois não terei mais o veículo e não terei mais o que reportar, salvo apareça alguma informação muito relevante prestada por algum leitor.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Infliltração lanterna traseira?
Segue um vídeo que fala de como resolver esta infiltração de água na lanterna traseira. https://www.youtube.com/watch?v=7yX69QTPWgg
No meu caso os soquetes não estavam comprometidos, a parte mais útil do vídeo foi mostrar onde se deve fazer o furo de dreno, que pode ser feito a quente (com um prego quente, ou ferro de soldar fino) ou com furadeira de broca fina. Assim, mesmo que infiltre, o dreno assegura que a água tem por onde sair.
Vedei as laterais da lanterna com esmalte de unha, ainda preciso constatar se a longo prazo o resultado foi bom.
No meu caso os soquetes não estavam comprometidos, a parte mais útil do vídeo foi mostrar onde se deve fazer o furo de dreno, que pode ser feito a quente (com um prego quente, ou ferro de soldar fino) ou com furadeira de broca fina. Assim, mesmo que infiltre, o dreno assegura que a água tem por onde sair.
Vedei as laterais da lanterna com esmalte de unha, ainda preciso constatar se a longo prazo o resultado foi bom.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
O buraco é mais embaixo
Segundo a última Quatro Rodas, a MIT lançou o "ASX Outdoor", numa tentativa de tapar o buraco deixado pela TR4 na linha de veículos. Em relação ao ASX normal, as diferenças são: 4x4, câmbio manual e pneus de perfil mais adequado ao off-road (e às estradas esburacadas do nosso Bananistão).
Mas, como a Quatro Rodas apontou corretamente, o ASX Outdoor não cobre a lacuna deixada pela TR4, nem tampouco o ASX pode ser usado como se fosse um jipe. Dentro da linha MIT, o que mais remotamente aparentado existe, em termos de robustez, é a L200, que vende bem. Para quem ter ter um carro que "pareça" offroadiano, a L200 HLS com motor flex 2.4 (meio anêmico para o peso do veículo, não é mais potente que o da TR4, mas é suficiente para andar pra frente) é relativamente barata.
Mas, como a Quatro Rodas apontou corretamente, o ASX Outdoor não cobre a lacuna deixada pela TR4, nem tampouco o ASX pode ser usado como se fosse um jipe. Dentro da linha MIT, o que mais remotamente aparentado existe, em termos de robustez, é a L200, que vende bem. Para quem ter ter um carro que "pareça" offroadiano, a L200 HLS com motor flex 2.4 (meio anêmico para o peso do veículo, não é mais potente que o da TR4, mas é suficiente para andar pra frente) é relativamente barata.
sábado, 10 de outubro de 2015
Revisão dos 80.000km
A princípio minha decisão tinha sido não publicar nada mais neste blog, já que a TR4 deixou de ser fabricada. Mas a revisão de 80.000km é importante, e decidi falar como foi a revisão da minha viatura.
De certa forma a 8a revisão é uma encruzilhada. Ela ocorre no 4o aniversário do veículo - no meu caso, como rodo consideravelmente menos que 10.000km por semestre nos últimos 2 anos, sempre estou adiando um pouquinho a cada vez e meu carro já tem 4 anos e 8 meses. A 8a revisão é a mais cara e completa da TR4, porque troca diversas peças e lubrificantes. A próxima revisão igualmente cara só vai acontecer com 160 mil quilômetros ou 8 anos.
Este é o momento de decidir se você vai ficar com o automóvel, ou entregá-lo na compra de um novo. Se vai ficar com ele, faça a revisão, se for trocar, entregue imediatamente antes. Não valeria a pena negociá-lo logo depois desta revisão; o ideal seria ficar com ele mais 4 anos a partir da revisão feita. No mínimo 2 anos, para usufruir do seu próprio zelo. Por razões pessoais eu preferi ficar com o automóvel mais um quadriênio.
80 mil km também é a época em que os pneus costumam ser trocados. Um pouco antes para alguns, mas é sempre nesta faixa entre 65 e 80 mil. Meu automóvel estava com 76 mil km, se fosse para realmente economizar daria para rodar com os pneus mais uns meses, mas já estava naquele ponto em que os amigos próximos comentam.
Curiosamente, a concessionária Kayo ofereceu trocar os pneus junto com a revisão, ofereceram um preço muito bom. Na verdade o preço unitário do pneu era normal (no Mercado Livre está muito mais barato), mas estavam com uma promoção "leve 4, pague 3", e aí o preço efetivo unitário ficou realmente bom. Decidi trocar. Nem precisei botar um pneu velho no lugar do estepe, talvez por isso mesmo ofereceram o "leve 4, pague 3", porque é o que todo mundo faz na realidade, comprar apenas 3 pneus. Ao menos se acontecer de um pneu ser cortado ou inutilizado, como já me aconteceu, tenho um novinho no estepe, e aí sim vou atrás de um pneu velho.
A revisão em si ficou um pouco mais barata (1500 reais) do que costumava ser (2200 reais), devido a uma mudança de procedimento: a troca do óleo ATF do câmbio automático não é mais feita aos 80 mil km, e a correia dentada só é trocada aos 100 mil km. O óleo ATF é agora inspecionado a cada revisão e trocado quando necessário. Isto é consoante com a troca de óleo do motor, que também foi esticada de 5.000 para 10.000km. Os óleos estão cada vez melhor e os tempos de troca vão esticando de acordo. Existe o aspecto ambiental também: óleo é um grande poluente, e quanto menos óleo velho houver para descarte, menos chance dele acabar derramado por aí.
Os óleos dos diferenciais e caixa de transferência continuam sendo trocados nesta revisão. Também há os demais custos de uma revisão "par" (a cada 20 mil km) de uma TR4 flex: velas, filtros, limpeza de bicos, etc.
No caso do câmbio automático, a mudança de agenda é meio polêmica, muita gente advoga a troca do óleo até mais cedo, em torno de 50.000km. Por outro lado, muitos carros mais novos estão saindo com óleo de caixa "para toda a vida", ou em torno de 250.000km que é a vida útil típica de um veículo. O óleo ATF da minha TR4 ainda tem a mesma cor de groselha que tinha quando nova, então pelo critério visual não precisaria mesmo trocar por ora. Por outro lado, um automóvel mais judiado poderia precisar de uma troca até antes de 80 mil km, denunciado pela mudança de cor do ATF para marrom. Seja como for, se realmente é uma decisão técnica fundamentada, é uma economia de 1200 reais e 12 litros de poluente a menos no mundo.
Além da revisão seca (1500 reais), pneus (2500 reais) também gastei mais de 2 mil em outros itens: alinhamento e balanceamento, 4 amortecedores, palhetas de limpador de pára-brisa, correias de alternador e ar-condicionado (pelo menos a do alternador tinha voltado a "cantar" às vezes, e devia estar desgastada), um farol queimado (justo o farol dianteiro direito que na TR4 é difícil de trocar, exige retirada de outras peças).
São consertos que provavelmente sairiam mais barato numa auto-elétrica e numa oficina comum, mas fazer tudo num lugar só evita empurra-empurra de responsabilidades, fora a perda de tempo de deixar o carro um dia num lugar, outro dia em outro, etc. Apenas a bateria eu tinha trocado numa loja especializada, há poucos meses, pois assim como os pneus ela dava sinais de estar nos últimos meses de vida; e ficar sem bateria é muuuuuito chato. A bateria original durou mais de 4 anos, não dá pra reclamar.
Também acho que a concessionária é "honesta" nos preços e diagnósticos, considerando o status de concessionária e o fato de ser um carro mais "luxuoso". Nesse tempo de crise eles têm direito de faturar um pouco, não é? Quando falaram em trocar os amortecedores eu farejei empurrometria, mas realmente o carro ficou mais esperto e macio quando passa por uma depressão. Antes estava batendo no fim-de-curso em irregularidades típicas de rua calçada. É o tipo de degradação lenta que um motorista diário não nota, mas vai acontecendo, e minando gradativamente a "saúde" do carro, que se não for mantido acaba com aquele jeitão cansado de carro velho.
De certa forma a 8a revisão é uma encruzilhada. Ela ocorre no 4o aniversário do veículo - no meu caso, como rodo consideravelmente menos que 10.000km por semestre nos últimos 2 anos, sempre estou adiando um pouquinho a cada vez e meu carro já tem 4 anos e 8 meses. A 8a revisão é a mais cara e completa da TR4, porque troca diversas peças e lubrificantes. A próxima revisão igualmente cara só vai acontecer com 160 mil quilômetros ou 8 anos.
Este é o momento de decidir se você vai ficar com o automóvel, ou entregá-lo na compra de um novo. Se vai ficar com ele, faça a revisão, se for trocar, entregue imediatamente antes. Não valeria a pena negociá-lo logo depois desta revisão; o ideal seria ficar com ele mais 4 anos a partir da revisão feita. No mínimo 2 anos, para usufruir do seu próprio zelo. Por razões pessoais eu preferi ficar com o automóvel mais um quadriênio.
80 mil km também é a época em que os pneus costumam ser trocados. Um pouco antes para alguns, mas é sempre nesta faixa entre 65 e 80 mil. Meu automóvel estava com 76 mil km, se fosse para realmente economizar daria para rodar com os pneus mais uns meses, mas já estava naquele ponto em que os amigos próximos comentam.
Curiosamente, a concessionária Kayo ofereceu trocar os pneus junto com a revisão, ofereceram um preço muito bom. Na verdade o preço unitário do pneu era normal (no Mercado Livre está muito mais barato), mas estavam com uma promoção "leve 4, pague 3", e aí o preço efetivo unitário ficou realmente bom. Decidi trocar. Nem precisei botar um pneu velho no lugar do estepe, talvez por isso mesmo ofereceram o "leve 4, pague 3", porque é o que todo mundo faz na realidade, comprar apenas 3 pneus. Ao menos se acontecer de um pneu ser cortado ou inutilizado, como já me aconteceu, tenho um novinho no estepe, e aí sim vou atrás de um pneu velho.
A revisão em si ficou um pouco mais barata (1500 reais) do que costumava ser (2200 reais), devido a uma mudança de procedimento: a troca do óleo ATF do câmbio automático não é mais feita aos 80 mil km, e a correia dentada só é trocada aos 100 mil km. O óleo ATF é agora inspecionado a cada revisão e trocado quando necessário. Isto é consoante com a troca de óleo do motor, que também foi esticada de 5.000 para 10.000km. Os óleos estão cada vez melhor e os tempos de troca vão esticando de acordo. Existe o aspecto ambiental também: óleo é um grande poluente, e quanto menos óleo velho houver para descarte, menos chance dele acabar derramado por aí.
Os óleos dos diferenciais e caixa de transferência continuam sendo trocados nesta revisão. Também há os demais custos de uma revisão "par" (a cada 20 mil km) de uma TR4 flex: velas, filtros, limpeza de bicos, etc.
No caso do câmbio automático, a mudança de agenda é meio polêmica, muita gente advoga a troca do óleo até mais cedo, em torno de 50.000km. Por outro lado, muitos carros mais novos estão saindo com óleo de caixa "para toda a vida", ou em torno de 250.000km que é a vida útil típica de um veículo. O óleo ATF da minha TR4 ainda tem a mesma cor de groselha que tinha quando nova, então pelo critério visual não precisaria mesmo trocar por ora. Por outro lado, um automóvel mais judiado poderia precisar de uma troca até antes de 80 mil km, denunciado pela mudança de cor do ATF para marrom. Seja como for, se realmente é uma decisão técnica fundamentada, é uma economia de 1200 reais e 12 litros de poluente a menos no mundo.
Além da revisão seca (1500 reais), pneus (2500 reais) também gastei mais de 2 mil em outros itens: alinhamento e balanceamento, 4 amortecedores, palhetas de limpador de pára-brisa, correias de alternador e ar-condicionado (pelo menos a do alternador tinha voltado a "cantar" às vezes, e devia estar desgastada), um farol queimado (justo o farol dianteiro direito que na TR4 é difícil de trocar, exige retirada de outras peças).
São consertos que provavelmente sairiam mais barato numa auto-elétrica e numa oficina comum, mas fazer tudo num lugar só evita empurra-empurra de responsabilidades, fora a perda de tempo de deixar o carro um dia num lugar, outro dia em outro, etc. Apenas a bateria eu tinha trocado numa loja especializada, há poucos meses, pois assim como os pneus ela dava sinais de estar nos últimos meses de vida; e ficar sem bateria é muuuuuito chato. A bateria original durou mais de 4 anos, não dá pra reclamar.
Também acho que a concessionária é "honesta" nos preços e diagnósticos, considerando o status de concessionária e o fato de ser um carro mais "luxuoso". Nesse tempo de crise eles têm direito de faturar um pouco, não é? Quando falaram em trocar os amortecedores eu farejei empurrometria, mas realmente o carro ficou mais esperto e macio quando passa por uma depressão. Antes estava batendo no fim-de-curso em irregularidades típicas de rua calçada. É o tipo de degradação lenta que um motorista diário não nota, mas vai acontecendo, e minando gradativamente a "saúde" do carro, que se não for mantido acaba com aquele jeitão cansado de carro velho.
domingo, 31 de maio de 2015
Adeus
Então a Mitsubishi Motors tirou de linha o automóvel mais acessível que fabricava... Justo num ano de crise aguda da economia e crédito caro, mesmo quem tem grana para comprar um veículo acima de R$ 100 mil está pensando 100.000 vezes antes de adquirir um veículo novo.
TR4 era "obsoleta", etc. mas pra que mais obsolescência que Grand Vitara e o Jimny? Que por sinal vendem melhor que nunca?
Enfim, considero a decisão da MIT de tirar a TR4 de linha um grandíssimo erro. Mas está feito.
E sendo assim, este blog também vai se retirando.
O histórico de posts ficará à disposição, pelo menos enquanto o Blogger permanecer no ar e gratuito.
TR4 era "obsoleta", etc. mas pra que mais obsolescência que Grand Vitara e o Jimny? Que por sinal vendem melhor que nunca?
Enfim, considero a decisão da MIT de tirar a TR4 de linha um grandíssimo erro. Mas está feito.
E sendo assim, este blog também vai se retirando.
O histórico de posts ficará à disposição, pelo menos enquanto o Blogger permanecer no ar e gratuito.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
O fim da saga TR4?
Parece que a MIT anunciou oficialmente que vai parar de produzir a Pajero TR4 durante este ano. Segue uma das fontes onde encontrei a informação.
Péssima notícia para nós que apreciamos este carro único: bonito, robusto, 4x4, e com preço aceitável.
De certa forma, a notícia era esperada. Imagino que os próprios componentes do carro vão acabar não sendo mais fabricados, pelo menos não mais na escala necessária. Motor obsoleto, câmbio obsoleto, sabe como é. Parece que a transmissão era fabricada no Japão exclusivamente para os TR4 brasileiros.
Por outro lado, me incomoda a inexistência de um sucessor à altura. Que outro veículo poderia ser o "sucessor" da TR4, aquele que o dono atual de uma TR4 escolheria como próxima viatura?
Dentro da mesma marca, há ASX e Outlander. ASX agora é fabricado no Brasil, mas a versão 4x4 ainda é um pouco cara (20-25% a mais que a TR4), e é um "crossover", não é um veículo com proposta tão valente. Basta ver os pneus de perfil baixo com que ele sai da loja...
Ao menos o ASX é um carro mais moderno, deve continuar em linha por um longo tempo. E sem dúvida é um automóvel melhor para trânsito urbano e rodoviário, que é onde passamos mesmo a maior parte do tempo.
Fora da MIT, temos dois outros "vovôs": Grand Vitara e Jimny, ambos da Suzuki. São bons carros. O Jimny é um pouco despojado demais para "carro de família": câmbio manual e motor fraco. O Grand Vitara (conhecido como GV) custa tanto quanto o ASX na versão 4x4.
Opções como Troller, etc. não me cativam: caros, não têm câmbio automático e não devem ser muito confortáveis para viagens mais longas. Uma L200 cairia bem mas não sei se a esposa se garante em manobrar. Não conheço o Jeep Renegade, teria de ver preço.
Em termos de equivalência, o Suzuki Grand Vitara é mesmo o mais próximo que existe da TR4. Todos os números são muito semelhantes. A relação de marcha reduzida é exatamente igual. Potência e cilindrada do motor, iguais. Até as mesmas 4 marchas do câmbio automático (talvez a maior deficiência da TR4). Vejo muitos GV nas ruas (não tanto quanto TR4), parece estar vendendo bem.
Pessoalmente eu ficaria entre ASX e GV, pendendo mais pro GV, mas aí pintam dois grilos:
1) Tanto o Jimny quanto o GV são projetos antigos, tão ou mais antigos que a Pajero IO/TR4. Quem garante que não serão tirados de linha logo em seguida? Certamente um dos critérios de compra de um automóvel é que ele permaneça em produção. (Falarei sobre isto mais abaixo.) O Grand Vitara já começa a ser descontinuado em alguns mercados.
2) A própria Suzuki tem existência precária no Brasil. Vendeu automóveis nos anos 90, foi embora, agora voltou. Voltou pra ficar mesmo desta vez? É certo que, pelo volume de automóveis Suzuki nas ruas, e pelo sistema de parceria com sócio brasileiro (o grupo Souza Ramos, o mesmo da Mitsubishi Motors do Brasil), tendo inclusive fábrica local agora, as chances da Suzuki ir embora novamente são bem menores desta vez, mas trauma é trauma.
Como continuação do ponto (1), se a estratégia da Suzuki no Brasil é basicamente vender modelos "velhos", por que a Mitsubishi quer livrar-se da TR4, que vende bem?
Quanto à continuidade de vendas do modelo novo, importa à muita gente pela desvalorização na hora de comprar outro carro, e pela possível falta de peças para manutenção. A gente sabe como as montadoras tratam "bem" o consumidor neste quesito... Até para carros em produção e de grande volume de vendas é difícil conseguir peças, imagine no caso oposto.
Péssima notícia para nós que apreciamos este carro único: bonito, robusto, 4x4, e com preço aceitável.
De certa forma, a notícia era esperada. Imagino que os próprios componentes do carro vão acabar não sendo mais fabricados, pelo menos não mais na escala necessária. Motor obsoleto, câmbio obsoleto, sabe como é. Parece que a transmissão era fabricada no Japão exclusivamente para os TR4 brasileiros.
Por outro lado, me incomoda a inexistência de um sucessor à altura. Que outro veículo poderia ser o "sucessor" da TR4, aquele que o dono atual de uma TR4 escolheria como próxima viatura?
Dentro da mesma marca, há ASX e Outlander. ASX agora é fabricado no Brasil, mas a versão 4x4 ainda é um pouco cara (20-25% a mais que a TR4), e é um "crossover", não é um veículo com proposta tão valente. Basta ver os pneus de perfil baixo com que ele sai da loja...
Ao menos o ASX é um carro mais moderno, deve continuar em linha por um longo tempo. E sem dúvida é um automóvel melhor para trânsito urbano e rodoviário, que é onde passamos mesmo a maior parte do tempo.
Fora da MIT, temos dois outros "vovôs": Grand Vitara e Jimny, ambos da Suzuki. São bons carros. O Jimny é um pouco despojado demais para "carro de família": câmbio manual e motor fraco. O Grand Vitara (conhecido como GV) custa tanto quanto o ASX na versão 4x4.
Opções como Troller, etc. não me cativam: caros, não têm câmbio automático e não devem ser muito confortáveis para viagens mais longas. Uma L200 cairia bem mas não sei se a esposa se garante em manobrar. Não conheço o Jeep Renegade, teria de ver preço.
Em termos de equivalência, o Suzuki Grand Vitara é mesmo o mais próximo que existe da TR4. Todos os números são muito semelhantes. A relação de marcha reduzida é exatamente igual. Potência e cilindrada do motor, iguais. Até as mesmas 4 marchas do câmbio automático (talvez a maior deficiência da TR4). Vejo muitos GV nas ruas (não tanto quanto TR4), parece estar vendendo bem.
Pessoalmente eu ficaria entre ASX e GV, pendendo mais pro GV, mas aí pintam dois grilos:
1) Tanto o Jimny quanto o GV são projetos antigos, tão ou mais antigos que a Pajero IO/TR4. Quem garante que não serão tirados de linha logo em seguida? Certamente um dos critérios de compra de um automóvel é que ele permaneça em produção. (Falarei sobre isto mais abaixo.) O Grand Vitara já começa a ser descontinuado em alguns mercados.
2) A própria Suzuki tem existência precária no Brasil. Vendeu automóveis nos anos 90, foi embora, agora voltou. Voltou pra ficar mesmo desta vez? É certo que, pelo volume de automóveis Suzuki nas ruas, e pelo sistema de parceria com sócio brasileiro (o grupo Souza Ramos, o mesmo da Mitsubishi Motors do Brasil), tendo inclusive fábrica local agora, as chances da Suzuki ir embora novamente são bem menores desta vez, mas trauma é trauma.
Como continuação do ponto (1), se a estratégia da Suzuki no Brasil é basicamente vender modelos "velhos", por que a Mitsubishi quer livrar-se da TR4, que vende bem?
Quanto à continuidade de vendas do modelo novo, importa à muita gente pela desvalorização na hora de comprar outro carro, e pela possível falta de peças para manutenção. A gente sabe como as montadoras tratam "bem" o consumidor neste quesito... Até para carros em produção e de grande volume de vendas é difícil conseguir peças, imagine no caso oposto.
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