quinta-feira, 28 de abril de 2011

Capa rígida de estepe

 Chegou hoje a tal capa rígida de estepe da Mil Acessórios.

Naturalmente, eu estava muito curioso a respeito da aparência da mesma, em particular quando instalada.

Também estava um pouco temeroso por dois detalhes: cor e tamanho. Não era pré-requisito a cor bater exatamente, mas já que a vendedora tinha perguntado qual o código de prata (vide o post anterior), criou-se a expectativa.

Bem, fica claro pelas fotos que a capa coube no lugar, e a cor realmente bate com a do carro. A viatura estava um pouco suja, a diferença na foto fica mais por conta disso do que por real diferença de tonalidade.

Para ser franco, a capa está mais fiel à cor da lataria do que os racks de teto, que são de fábrica!

O tamanho me preocupava porque houve esta mudança de aro na TR4 2010 em diante, de aro 16 para 17. Há outras capas de estepe disponíveis para TR4 (a maioria de couro sintético ou napa) mas são quase todas para aro 16. O pneu é quase igual em diâmetro, a diferença é 2 cm a mais no aro 17, mas uma capa feita para caber sem folga no aro 16, não entraria no aro 17.

Não sei dizer se o tamanho da capa é específico para aro 17, mas eu chutaria que sim. Entrou bem justo, o fecho encosta no estribo (*) do lado esquerdo, você consegue girar a capa até o símbolo ficar na posição correta, e nem um milímetro a mais. A cinta agarra firme no pneu, o que garante que não vai ficar balançando e fazendo barulho. O cadeado veio incluso.

O atendimento da empresa me deixou feliz. Além da iniciativa da vendedora em conferir o código da cor, a remessa foi bastante rápida, e eles parecem ter estoque para todas as cores presentes e passadas da TR4.

Eles também possuem outras coisas interessantes para diversos modelos de automóveis "crossover" e SUV. É uma loja a ser visitada periodicamente para ficar de olho nas novidades.

A capa é confeccionada em fibra e tem resistência compatível com a função. Não vai quebrar com um simples encontrão ou soco. Como meu principal objetivo ao comprar a capa era proteger o pneu das intempéries (e não precisar mais lavá-lo), a resistência do produto é mais que suficiente.

Não creio esta capa se qualifique como um dispositivo anti-furto. Talvez constitua empecilho adicional -- como aquela peça de metal que cobre uma das porcas e só sai com a chave (que por sinal também parece fácil de remover ou burlar). Com dois empecilhos, o "ladrão de ocasião" fica desencorajado. Mas não são páreo contra alguém realmente decidido a remover o pneu.

A qualidade do produto e do atendimento tiveram seu preço: R$ 580,00. Não há produto similar à venda no mercado, então não é possível afirmar categoricamente se foi caro ou barato.

Acho que está com preço justo, porque objetos de fibra sempre têm preço elevado. O "insumo" mais caro da fibra é na verdade o molde do objeto. Quando se trata de um produto que vende pouco, como é o caso desta capa (e ainda por cima há a variação de pneu), é preciso puxar no preço para amortizar o custo do molde.

(*) Este negócio de plástico preto tem outro nome?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Qual é a cor da sua TR4: prata, prata, prata ou prata?

As montadoras até tentam lançar uns automóveis com cores interessantes, mas por enquanto a monotonia do prata/preto continua imperando no Brasil. Reparei hoje no noticiário a respeito dos engarrafamentos do feriadão, e o que se via era um mar de automóveis prata e preto, com um e outro vermelho-bordô perdido lá no meio.

Uma das razões mais alegadas para esta escolha é o tal do "valor de revenda". Uma cor neutra é realmente mais fácil de revender, embora eu ache muito besta comprar um carro já pensando em vendê-lo, e deixar de levar uma cor do seu agrado por conta disso! Mas enfim, o mercado automotivo brasileiro tem esta característica, única no mundo, de valorizar muito os carros usados.

Considerando as cores neutras (branco, cinza, prata e preto) a cor prata acaba sendo a predileta por diversos motivos: metálica, resistente, a sujeira aparece menos, não tem as conotações de "taxi" do branco nem a de "rabecão" do preto. Além disso, moramos num país tropical; cinzas mais escuros e pretos significam mais calor.

Pois bem, considerando de 2006 para cá, a Pajero TR4 existiu em pelo menos quatro versões de prata: evolution, tecno, satélite e hematita. E não é trivial descobrir qual a cor da sua -- o que é necessário saber na hora de comprar um item qualquer no "aftermarket", como capa de pneu ou friso lateral.

Neste momento, o site da MIT Brasil mostra que a TR4 2011 sai em duas versões de prata: satélite (bem clara) e hematita (puxa mais para cinza).

Mas o site está desatualizado. A coleção de cores 2011 da TR4 é diferente de 2010. Por exemplo, está disponível um vermelho-vivo, de que muita gente se agrada, mas não aparece no site. UPDATE: em 11 de maio, o site foi finalmente atualizado. Como opções do modelo 2011/2012 aparecem o prata tecno e o prata rhodium, além do vermelho-vivo citado.

Minha TR4 consta na nota fiscal como "prata tecno". Consultar a nota foi o único jeito de descobrir com razoável grau de certeza que sabor de prata era afinal a viatura! Não se acha informação confiável sobre cores da MIT em lugar nenhum.

Parece que a prata hematita continua disponível na paleta de cores 2011. Já a "prata evolution" foi um tom anterior à reformulação estética da TR4; é encontrável em automóveis 2009 ou mais antigos.

Foi o que consegui inferir até agora. E tomara que esteja certo, pois encomendei uma capa de estepe na cor do carro :) UPDATE: sim, estava certo.

E o tal do prata "Hodion"?

A vendedora da capa de estepe pediu o código da cor constante na plaqueta de identificação, aquela que fica no compartimento do motor. Segundo ela, as TR4 2011 possuem uma nova cor de prata (Hodion).

Com isto, teríamos não quatro, mas cinco tipos diferentes de prata!

Mas este "novo" tipo de prata não aparece em lugar nenhum. Estou achando que a moça ouviu alguém falar "Rhodium" com aquela pronúncia carioca (H no lugar do R) e escreveu o nome exatamente como ouviu.

Continuam sendo, portanto, apenas quatro tipos de prata :)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mais uma correspondência, desta vez sobre revisão

Hoje recebi uma nova correspondência da MIT. Esta foi mais interessante, mais clara na mensagem, e não provocou nenhum "susto".


Tratava-se da programação de revisões, com os itens a serem trocados a cada visita na concessionária. E o mais importante (e interessante): um preço fixo, fechado, para cada revisão, incluindo as peças.

Como eu suspeitava e agora tenho certeza, é a ofensiva das montadoras nipônicas para encorajar a galera a fazer revisões na autorizada, e perder o medo de ser esfolado por conta da garantia longa.

Um preço fixo para cada revisão é mais importante, porque ali há itens que precisam ser trocados de todo jeito, como óleo do motor e velas. São despesas certas, de que não escapamos.

Estão listadas as revisões normais, a cada 10.000km. A revisão especial (nos primeiros 5.000km) é "gratuita", exceto pela troca de óleo compulsória, que segundo o vendedor da MIT me disse, custa uns R$ 250.



Os preços das revisões até 70.000km ficam nos três dígitos, média de uns R$ 500,00 por revisão. Não é incrivelmente mais caro que um automóvel convencional, mesmo um 1.0.


O único detalhe obscuro, que aliás é obscuro no manual e continuou não-esclarecido, é a questão da troca de óleo a cada 5.000km na TR4. Estou falando de trocas intermediárias entre revisões, não a primeira troca "especial".

O manual fala que a troca obrigatória é a cada 10.000km, mas recomenda a troca a cada 5.000km. O texto inclusive ressalta que deixar de fazer esta troca intermediária não invalida a garantia.

O vendedor disse sem titubear que a troca de óleo é a cada 5.000km, por isso eu perguntei o preço (R$ 250,00), já que é uma boa ideia fazer a troca na concessionária enquanto coberto pela garantia.

Então, fica aí a dúvida. Eu pessoalmente estou tendendo a fazer a troca a cada 5.000km, por dois motivos:

a) O volume de óleo do motor da Pajero TR4 é apenas quatro litros. Motores muito menores (até 1.0) usam o mesmo volume de óleo, para troca a cada 10.000km. Um motor maior, mais potente e mais exigido (como o da TR4) vai jogar mais sujeira no óleo, nos mesmos quatro litros, então a troca em tese tem de ser mais frequente.

b) Trocar o óleo mais espaçadamente (a cada 10.000km) vai diminuir a vida útil do motor, mas não vai fazê-lo explodir nos primeiros dois anos da cobertura da garantia. Por isso a troca a cada 5.000km não é obrigatória. Mas eu pretendo ficar com o carro muitos anos, ainda que como segundo automóvel, então a mim interessa que o motor vá muito longe!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Livro: Four-Wheeler's Bible

Tem coisas que a Internet (ainda) não ensina. Há muito conhecimento que só se encontra num bom livro especializado no assunto.

É o caso deste livro: "Four-Wheeler's Bible", de Jim Allen. Está recheadíssimo de informação técnica, dicas e conselhos. Se você quer comprar um e apenas um livro sobre 4x4, compre este.

Note que este é um livro sobre 4x4 em geral, não sobre Pajeros. Então, boa parte do conteúdo não necessariamente se aplica a todos os donos de veículos 4x4.

Por exemplo, boa parte das modificações abordadas pelo autor tornam o automóvel ilegal para trafegar em vias públicas. Não é o tipo de coisa que o típico "pajerista", que usa o carro na cidade e na terra, vá querer fazer. Além do mais, o "aftermarket" americano é muito mais variado que o nosso.

Por ser um livro escrito por um americano, focando basicamente o mercado americano, obviamente há uma cobertura maior dos veículos que andam por lá, como picapes 4x4, Jeeps Wrangler, até Hummers. O único jipe japonês mencionado mais amiúde no livro é o Suzuki Samurai. Por outro lado, o velho jipe Willys também tem boa cobertura.

Descontando os americanismos, é um livro excelente. O autor escreve de forma casual e agradável de ler, sem cair na classe "caipira", onde tudo é informação empírica. Pelo contrário, há matemática e física suficiente para embaraçar um aluno do ensino médio. (Aliás, podiam usar livros assim para incrementar o interesse dos alunos pelas aulas, pelo menos os do sexo masculino!)

Mala-direta com kits de peças

Semana passada recebi uma mala-direta da MIT oferecendo kits de peças originais. Outros donos de Mitsubishi devidamente cadastrados devem receber, ou ter recebido, uma correspondência como esta nos próximos dias:


De início achei muito estranho, assustador até, receber uma extensa lista de peças, já que minha viatura tem apenas quatro meses de "vida". Será que vou ter de trocar amortecedores e discos de freio com menos de um ano de uso? :)

Mas reparando melhor, vi que não era correspondência muito dirigida, era mais mala-direta mesmo. Tanto assim que na lista de peças consta um kit de embreagem (*) sendo que minha TR4 é automática.

A propósito, segue a lista que recebi. Clique na imagem para conseguir ler as letrinhas miúdas.



Parece ser mais uma tentativa mostrar para os donos de Pajero que as peças originais não são tão caras quanto o povo fala. As velas eu achei particularmente baratas, vale a pena trocar bem antes do prazo do manual só para isentar-se (combustível de má qualidade afeta muito as velas, por motivos óbvios).

O resto dos componentes tem durabilidade média de uns 50.000km, ou mais se o dono for cuidadoso, então são despesas que acontecem aos pouquinhos.

Foi legal conhecer o preço destes componentes, por outro lado acho que a correspondência provocou um "susto" inicial, dando a impressão que todos os componentes listados são "descartáveis". Foi meio anti-marketeiro. Acho que há formas mais interessantes de participar estas promoções.

O motivo da MIT estar fazendo isso é simples: todas as marcas japoneses/coreanas estão fazendo promoções e divulgações semelhantes, na tentativa de livrarem-se da fama de "careiras" nas peças e nas revisões.

A fama corrente no mercado é que a garantia longa dos asiáticos (dois ou três anos) acaba sendo uma armadilha porque as revisões têm de ser feitas na concessionária e aí eles enfiariam a faca nos itens de desgaste natural como óleo do motor, amortecedores etc.

Lembro que a Renault também tinha essa fama terrível, que para mim não se confirmou na prática; até o litro de óleo de motor era mais barato na concessionária do que no posto. Talvez eu tenha surfado a onda pós-abuso, ou talvez fosse lenda mesmo.


(*) Acho incrível que embreagem seja considerada item "de desgaste" hoje em dia. Alguns falam de durabilidade média de 30.000km ou menos! Se corretamente utilizada, pode ir muito, muito mais longe. A única vez que troquei embreagem foi aproveitando que a caixa estava aberta (para consertar um pequeno vazamento de óleo, daqueles que deixam um pingo por dia na garagem), e era uma viatura com 130.000km. Se sua embreagem durou apenas 30.000km, reavalie sua maneira de dirigir.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Divulgação

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sábado, 9 de abril de 2011

Aferição do velocímetro TR4

Conferi o velocímetro da TR4 esses dias com o GPS. O erro foi muito pequeno, apenas 1% ou 2% para cima. Com o ponteiro exatamente em 100Km/h, o GPS indicava 98 ou 99. Nada mau.

Fiz esse teste porque vi uma reclamação num fórum sobre o velocímetro de uma TR4 estar errando para baixo em 4% (ponteiro marcando 80, GPS indicando 83).

Obviamente a minha está ok, mas o livreto de bordo (aquele onde anotam-se revisões e manutenções) já tem uma manutenção anotada: substituição de velocímetro. Talvez havia mesmo problemas e trataram de arrumar nas TR4 ainda em estoque.

O normal do velocímetro é sempre errar para cima, porque o cálculo é feito com base em RPM, caixa de mudança e diâmetro do pneu, mas não leva em conta o achatamento do pneu radial, que diminui um pouco seu diâmetro efetivo. O velocímetro "bate" com o tacômetro mas não com o GPS.

Podemos considerar bastante bom um erro de até 3%. Não é raro um carro novo ter erro de 5% ou mais. Na última Quatro Rodas, um automóvel avaliado (acho que era um Punto T-Jet) mostrava 100Km/h no velocímetro mas a velocidade real era 92! Taí um jeito fácil e barato de "turbinar" o carro...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

TR4 no álcool, segundo tanque, média piorou

Infelizmente, no segundo tanque a média foi para 6,5 km/l, sem usar ar-condicionado.

A esperança de um consumo quase igual à gasolina se foi. A fórmula "genérica" de 70% ou 80% para o preço do álcool valer a pena também vale para a TR4. É uma pena, porque ela anda *muito* melhor com álcool.

Como os preços do álcool e da gasolina andam quase empatados (98% do preço da gasolina), o raciocínio econômico obriga a usar gasolina.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

TR4 no álcool, primeiro tanque

Com um tanque "misto" (50 litros de álcool, 22 de gasolina) a média foi de 7km/l.

O ganho de potência, bastante significativo, foi comentado num post anterior.

Agora estou no segundo tanque a álcool. Depois de duas diluições, quase não há mais gasolina. A potência é a mesma do tanque anterior. Pelo ritmo de descida do ponteiro do tanque, a média vai ficar novamente em torno de 7km/l.

Obviamente que estou fazendo isso por "curiosidade científica", já que em ambas as vezes que abasteci, o álcool estava apenas 5 ou 10 centavos mais barato que a gasolina, realmente não vale a pena.

Estamos no outono aqui no Sul, temperaturas agradáveis, tenho usado menos o ar-condicionado. Talvez por isso a média 7 em vez dos 6 esperados.

Se a diferença na TR4 se confirmar esta mesmo -- 7 km/l para álcool, 8 km/l para gasolina -- basta o álcool estar 15% mais barato que a gasolina para valer a pena, e não o critério genérico de 30%. Isto é ótimo, já que anda melhor com álcool.