quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mais uma correspondência, desta vez sobre revisão

Hoje recebi uma nova correspondência da MIT. Esta foi mais interessante, mais clara na mensagem, e não provocou nenhum "susto".


Tratava-se da programação de revisões, com os itens a serem trocados a cada visita na concessionária. E o mais importante (e interessante): um preço fixo, fechado, para cada revisão, incluindo as peças.

Como eu suspeitava e agora tenho certeza, é a ofensiva das montadoras nipônicas para encorajar a galera a fazer revisões na autorizada, e perder o medo de ser esfolado por conta da garantia longa.

Um preço fixo para cada revisão é mais importante, porque ali há itens que precisam ser trocados de todo jeito, como óleo do motor e velas. São despesas certas, de que não escapamos.

Estão listadas as revisões normais, a cada 10.000km. A revisão especial (nos primeiros 5.000km) é "gratuita", exceto pela troca de óleo compulsória, que segundo o vendedor da MIT me disse, custa uns R$ 250.



Os preços das revisões até 70.000km ficam nos três dígitos, média de uns R$ 500,00 por revisão. Não é incrivelmente mais caro que um automóvel convencional, mesmo um 1.0.


O único detalhe obscuro, que aliás é obscuro no manual e continuou não-esclarecido, é a questão da troca de óleo a cada 5.000km na TR4. Estou falando de trocas intermediárias entre revisões, não a primeira troca "especial".

O manual fala que a troca obrigatória é a cada 10.000km, mas recomenda a troca a cada 5.000km. O texto inclusive ressalta que deixar de fazer esta troca intermediária não invalida a garantia.

O vendedor disse sem titubear que a troca de óleo é a cada 5.000km, por isso eu perguntei o preço (R$ 250,00), já que é uma boa ideia fazer a troca na concessionária enquanto coberto pela garantia.

Então, fica aí a dúvida. Eu pessoalmente estou tendendo a fazer a troca a cada 5.000km, por dois motivos:

a) O volume de óleo do motor da Pajero TR4 é apenas quatro litros. Motores muito menores (até 1.0) usam o mesmo volume de óleo, para troca a cada 10.000km. Um motor maior, mais potente e mais exigido (como o da TR4) vai jogar mais sujeira no óleo, nos mesmos quatro litros, então a troca em tese tem de ser mais frequente.

b) Trocar o óleo mais espaçadamente (a cada 10.000km) vai diminuir a vida útil do motor, mas não vai fazê-lo explodir nos primeiros dois anos da cobertura da garantia. Por isso a troca a cada 5.000km não é obrigatória. Mas eu pretendo ficar com o carro muitos anos, ainda que como segundo automóvel, então a mim interessa que o motor vá muito longe!

3 comentários:

  1. Caro Amigo,

    Não é bem assim, os motores 1.0L (principalmente de frotas)devido a sua baixa potencia são submetidos a condições mais severas(plena carga muitas das vezes) para o lubrificante, onde sua temperatura e o blow-by interferem diretamente na perda da eficiência do pacote de aditivos que são adicionados.
    Já os motores maiores para realizar o mesmo trabalho vão fazê-lo com temperaturas mais baixas e em cargas parciais.

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  3. Pode ser, mas veja que comparando um carro 1.0 com a TR4, ela pesa o dobro, consome o dobro de combustível, tem o dobro de potência e o dobro da cilindrada. Só o volume de óleo do motor é o mesmo.

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